quinta-feira, 27 de setembro de 2012

1a aula do C.A.


Então, finalmente começaram as aulas do C.A. Eu bem gosto de estudar, como vocês sabem, então cheguei toda animadinha no curso, com caderno, canetas coloridas, pastinha, tudo a que uma aluna de C.A tem direito!

Chega a professora e pede (em francês, claro) pra gente escrever nosso nome num papel e colocar de frente para os colegas. Ela faz o mesmo, como exemplo, e escreve “Christiane”. Sim, com H e tudo! Super-ultra xará! Como na hora do desespero a gente apela pra tudo, eu já identifiquei a coincidência como um sinal divino muito positivo!

Escrevi meu nome e coloquei a plaquinha de frente pra turma. Quando ela lê, faz aquela cara que eleva nosso grau de putice ao último estágio (sim, sei que venho repetindo essa expressão com frequência, mas, no meu estado atual, caiu a asa do mosquito, meu nível de putice chega aos píncaros!) e fala, pausadamente, pra eu entender, que não é pra escrever o nome DELA no papel. É pra eu escrever o MEU nome. Oi???

Quando ela conseguiu entender que eu também me chamava Christiane, começamos a brincar de “oui” e “non”. Ela fez uma cara de espanto e exclamou: “noooooon”. Eu fiz uma expressão blasé pra elevar o grau DELA de putice ao último estágio e falei “ouiiiiiii”. Ela: “noooon”; eu: “ouiiiiii”...
Depois de uns 3 minutos de “non” e “oui”, eu já me cansando da brincadeira, pronta pra falar: “Tá bom, xará, cansei de brincar, podemos começar a aula?”, ela se acalmou e aceitou que outra pessoa no mundo tivesse o mesmo nome que ela.

A aula foi ótima, bem dinâmica, com direito a joguinhos e brincadeiras, como acho que qualquer aula de idioma deve ser. Na sala, tem dois alemães (Martin e Mathias – bons nomes pra uma dupla sertaneja, hein?), dois japoneses (Kanna e o namorado, Ryo), duas brasileiras além de mim (Mariluz e Ibrantina – não tenho culpa, não fui eu que batizei!), um canadense (Eric, da província anglófona de Ontário, portanto, entrou no C.A. também), uma indiana, cujo nome não me lembro, uma russa, cujo nome sou incapaz de reproduzir (escrita ou oralmente), dois espanhóis (Beatriz e Salvador), um quebecois que morou 30 anos no Peru, portanto não fala francês (Jeff) e um etíope (Dawit).

Tudo muito divertido! O curso se chama Mieux-être, onde a maioria dos imigrantes começa a estudar o idioma, então você anda pelos corredores e ouve todas as línguas do mundo! Torre de Babel total! Adoooooro!

Só pra vocês verem que, quando falo que voltei pro C.A., não estou exagerando. Dá uma espiada na porta da secretaria:



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