terça-feira, 31 de julho de 2012

Mico na farmácia

Como pessoa asseada que sou, tenho o hábito de usar o cotonete todos os dias depois do banho. Ok, sei que os otorrinos não recomendam, mas é mais forte que eu.

Bem, estávamos na farmácia e pedi ao meu digníssimo marido, que está aqui há TRÊS meses e que morou SEIS meses na França, pra perguntar à atendente onde tinha cotonete. Eis que surge o problema: como se fala "cotonete" em francês? (Vamos deixar de lado a questão de que "cotonete" é marca e que o nome da haste flexível com algodão nas duas pontas é palinete, ok? Vamos simplificar a vida!)

Pensa daqui, pensa dali, eu já achando o fim da picada ele não saber como fala algo tão básico em francês (que ninguém ouse me perguntar como é em inglês, porque eu também não sei!!!!), ele, suando frio, pergunta em francês pra mulher algo como: "Você tem algodão de limpar as orelhas???"

Oi???

Desnecessário dizer que passei quase meia hora gargalhando na farmácia. Aquela gargalhada discreta que vocês bem conhecem. Quase me joguei no chão para rir (porque quando eu rio muito, perco as forças). Quanto mais ele ficava puto que eu estava rindo da cara dele, mais eu ria.

Muito bom!



Aumenta o ar, pelamordedeus!

Calor do cacete nesta terra!!!


Coisa, você ia se abanar o dia inteiro!!!!

Fotinhas para geral!

Esperando as malas, já em Québec.





 Vendo o marido através do vidro...






Tô rindo por fora, mas, por dentro..."Porra, puta que me pariu! Finalmente cheguei nesta merda!!!!"




Nossa rua, também sem saída, como na Tijuca (hehehe). Igualzinho, né?







 Esta é a casa em que moramos (no andar de cima)





Vista da minha sala







Vista da minha cozinha.




Em resumo: pedacinho do céu.  Estresse? Trânsito caótico? Barulho? Poluição? Eles não sabem do que se trata.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bye-bye, Brazil!

Minha mãe, eu, minha sogra e minha madrinha no Galeão.








Na fila do check-in.


 








Assim não dá. Desse jeito, este país não vai pra frente...

Hoje de manhã fomos fazer meu cartão de seguro-social, mais ou menos o CPF daí, com a diferença de que o número do seu cartão é sigiloso. Só é necessário apresentar para abrir conta em banco e coisas do tipo, mas ninguém fica pedindo seu número de seguro-social com essa intimidade toda com a qual nos pedem o nosso CPF aí no Brasil.

Bom, cheguei lá, esperei menos de 10 minutos. A mulher fez 3 ou 4 perguntas. Pediu o nome dos meus pais, e eu escrevi num pedaço de papel. Simples assim. Não precisei apresentar qualquer documento que comprovasse o que eu estava dizendo. Se eu quisesse dizer que meus pais eram Hebe Camargo e Roberto Carlos, tava valendo. Quem sabe ainda não garantia um qualquer como herança? Hehehe.

Agora, o mais surpreendente: não assinei UM papel. Nada! "Sibulutamente" nada!!! Tirei o documento mais importante do país sem assinar um papel! Alguém me explica???

Depois fomos fazer meu seguro-saúde. Tudo certo também. A pessoa que nos atendeu até nos surpreendeu com um "obrigada" no fim do atendimento, depois que soube que éramos do Brasil. Fofs, né?

E assim foi. Tudo simples, fácil e rápido. Até demais!

domingo, 29 de julho de 2012

Tá chegando, tio?

Então, resumindo, foi assim:

Cheguei atrasada no Galeão, fiz o check-in, perdi e achei os três cartões de embarque (SP, Toronto e Quebec) em menos de 10 minutos. Imigração, raio x...
Em SP, para "a nossa alegria", fiquei sabendo que o voo para Toronto estava atrasado 2 horas. No total, 5 horas de espera e 2 desodorantes confiscados. Já no avião, sentei ao lado de um moleque de 17 anos do interior de São Paulo. Caíque estava desolado por deixar por 6 meses a namoradinha para vir estudar inglês em Montreal, onde o irmão dele mora. Tadinho.

Não consigo dormir em avião, até porque tenho pânico de voar. Foram 11 horas intermináveis, mas o voo foi sensacional!

Em Toronto, um monte de gente esnobe na imigração perguntando "por que a senhora está aqui?" Minha vontade foi responder: "porque os canadenses não estudam, não se formam e, consequentemente, vocês não têm mão de obra qualificada. Portanto, foram buscar meu marido no Brasil!!!"
Eu, hein!

Outra pergunta idiota da imigração canadense: "Quem comprou a sua passagem?" Oi??? Eu, oras, quem mais?

A parte engraçada foi: "A senhora está trazendo algum alimento, bebida alcoólica ou tabaco?". Minha resposta foi simplesmente "não", mas minha expressão demonstrava muita indignação. "Tá pensando o quê? Eu sou do Terceiro Mundo mas eu sou direita, honesta e cumpridora das leis. Os 2 sacos de arroz integral, o saco de aveia, os biscoitos integrais e os 3 maços de cigarro na minha mala são só um pequeno detalhe!" (hehehe)

Depois de muita correria e com a ajuda de um negão simpático, que me levou US$10,00, peguei as malas, coloquei na outra esteira, peguei a conexão no último minuto. Um teco-teco horroroso, que fez o trecho doméstico Toronto-Quebec. Porra, depois disso tudo, acho que perdi o medo de voar. Tô quase fazendo curso de comissária.

Ufa, RESUMIDAMENTE, foi isso. Postarei fotos em breve.