sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As merdas da juventude


Outro dia, estava conversando com minha amada amiga Claudinha pelo Facebook e ficamos nos lembrando dos velhos tempos (a gente vai ficando velha e passa a ser saudosista pra kct! Une fôd!*).

*Será que se eu passar a escrever os palavrões de maneira afrancesada fica menos ofensivo? Ando recebendo algumas críticas por conta do excesso de palavrão...Pois é, du carraile!

Continuando...acabei me lembrando de umas paradas engraçadíssimas e ri horrores – sozinha, olhando pra tela do computador e às gargalhadas! Meu marido já se acostumou, mas é tipo psicopatia das brabas merrrrmo! Uma dessas histórias é inacrê! Vale a pena contar!

Lá pelos meus 25 anos (é, muuuiiiito tempo atrás), ainda rolava aquela história de chats na internet. Como tempo livre é oficina do capeta, eu, sem nada pra fazer, provavelmente, entrei num desses chats. Papo vai, papo vem, comecei a conversar com um cara que me pareceu normal e marcamos de sair. Como sempre marquei encontros em lugares públicos, nunca senti que corria algum perigo, apesar de saber que a internet é um manancial para furadas. Mas sempre tive sorte. Inclusive “casei pela internet”, como a maioria de vocês sabe.

O tal do sujeito (sequer me lembro do nome do cara) foi me buscar em casa e fomos jantar em algum restaurante do qual também não me lembro (muito marcante o encontro, como vocês podem ver). O cara tinha um papo legal, interessante e inteligente, mas cismei que tinha cara de psicopata. Não me perguntem por quê: cisma é cisma. Cismei merrrmo. Aí, pronto, a imaginação começou a correr solta! O cara tinha uma S10, aqueles carros tipo picape, só com dois lugares na frente e um bagageiro enorme atrás, coberto por uma lona ou algo parecido. Minha porção de escritora ficcional começou a se manifestar, e eu já imaginei a cena inteira: o cara vai me sequestrar, me amarrar e me jogar naquela caçamba. Depois vai me esquartejar e meus restos mortais serão comidos por pastores-alemães, à la Bridget Jones. Fodeu! Morri!

No auge do desespero, fui até o banheiro e mandei a seguinte mensagem pra Claudinha: “Amiga, se eu não te ligar até 11 da noite, chama a polícia e os bombeiros que eu fui sequestrada.” Exatamente assim, na maior sutileza!

Claro que era puro surto psicótico. Não fui sequestrada, ele não me jogou na caçamba, terminamos de jantar, e ele me deixou em casa. Só que eu já tinha tomado umas caipivodcas, que têm reação instantânea na minha corrente sanguínea, e me esqueci de avisar a ela que estava bem. A coitada passou a noite em claro, esperando notícias, já pensando em ligar pra todos os hospitais do Rio de Janeiro, quiçá pro IML. Mas como ela é uma pessoa superior, de alma elevadíssima, e muito mais centrada que eu, o ódio foi só momentâneo.

A dúvida é se ela achou a história tão engraçada quanto eu... Amiga, com 14 anos de atraso, desculpaê! :-)

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