segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Causos de viagens


Com a colaboração especialíssima do meu amado amigo Wal! A história é verídica e aconteceu com ele. Só coloquei meu “tempero”.

OBS: A história é narrada na primeira pessoa (ora do singular, ora do plural), pessoa dele ou pessoas da família dele, no caso.

OBS II: Os palavrões também são dele! Sou inocente (no que se refere a este post, pelo menos)!

OBS III: Não me contive, óbvio, e fiz alguns comentários, todos entre colchetes e em grifo. Para quem perdeu esta aula, colchetes são estes símbolos aqui [], e grifo é mais conhecido como itálico.





Compra de um netbook nos Estados Unidos

Chegamos a Nova York...primeira viagem ao estrangeiro desse indivíduo, todo deslumbrado. Logo no primeiro de viagem, andando que nem um filho da puta pela cidade inteira, minha querida esposa decide entrar em uma farmácia. Deixei-a na porra da farmácia, e continuei andando de volta para o hotel, com o Bernardo e com a companhia fundamental da minha sorte.

Quase chegando ao hotel, este missivista [Oi? Tem certeza de que essa é a palavra que você queria usar???] pisa em falso e torce o pé. Mico total! Eu, "todo pequenino" [Ele tem, aproximadamente, 2,14 de altura] encasacado até a raiz do cabelo, rolando pela calçada e prolatando [Deem um desconto, ele é advogado!] todos os xingamentos que sabia e vendo o Bê [Bernardo é filho da Claudinha, com quem o Wal é casado. Isso, a minha amada amiga Claudinha, do post do psicopata que ia me esquartejar...] com os olhos arregalados de espanto. Com uma dor lancinante no pé, eis que me aparece um mendigo "black man" (daqueles com latinha na mão), que me perguntou: “Hey, nigga, do you help, man?” Fato é que, com a dor e o medo desse filho da puta passar a mão em alguma sacola, só entendi o que ela falava uns 3 minutos depois de mandá-lo tomar no cu umas 10 vezes...Calma que esse é só o preâmbulo!

Corta! Já no quarto hotel, pé doendo pra cacete, chegam Claudia e Caio [filho mais velho dela, irmão do Bernardo] e veem a cena. Com pena da minha querida esposa, disse que estava tudo bem! Esperei um pouco, vesti todos os milhares de casacos e o resto da porra da roupa de frio e disse a todos: “Vou até a farmácia comprar analgésico, atadura e o equivalente local ao gelol. Vou aproveitar a saída e comprar o netbook que vi na vitrine.”

Entrei na farmacia e fiquei pasmo. Parecia um supermercado. Caralho, só quero um gelol! Onde é a parte de acidentados? Depois de uns 15 minutos olhando para um lado e para o outro, vislumbrei um esparadrapo. Opa, estou perto!! Achei a atadura. Agora preciso e um gelol! Comecei a ver um monte de pomadas e achei uma que poderia ser gelol - ICE HOT! “Sou foda!”, pensei, “Claro que isso é gelol! A pomada é fria, se esfregar fica quente! Sempre fui bom em raciocínio lógico!” Comprei! Na mosca! Tenho essa danada até hoje! É du carraile! [Esse du carraile foi meu, claro!]

Saindo dali, todo animado, parti para a loja de eletrônicos. Parei na frente, fiquei olhando o bicho pela vitrine, escolhendo, pra não ter de "gastar" muito o meu muito refinado “ingrêis”. Escolhi o bichinho e entrei na loja. Vi em uma placa de papelão escrito: FALAMOS PORTUGUÊS! Uma lágrima escorreu involuntariamente. “Tô salvo, tá tudo em casa”, pensei.

Depois de 30 segundos, descobri que o desgraçado que "falava português" era um porto-riquenho que tinha casado com uma mexicana... Pior a emenda que o soneto! Ele falava um englishnhol, e eu respondia em portenglish...

Resolvi seguir a dica mágica do Caio: puxei o cartão de crédito da carteira e apontei para o produto que queria. Após mais algumas frases ininteligíveis para qualquer dos dois, consegui perceber que o produto que eu queria não tinha mais. O puto me indicou outro, verifiquei que era da mesma configuração e até melhor. Passamos para a questão do preço. Ele escreveu num papel: $450,00. Lembrei de minhas aulas colegiais e respondi com autoridade: “Very expensive!” [Ele quis dizer “too expensive”.] Pronto, começou a ladainha... ele baixando o preço, e eu repetindo: “Very expensive!” Após uns 20 minutos nessa punheta [Inocente no uso desse termo!], saí da loja com meu lenovo, uma capinha e um mouse por $280,00, feliz da vida e me gabando muito para a família ao chegar no quarto do hotel...

Comentário da autora do blog: Dor na barriga de tanto rir! Tá contratado para coautor!

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